Londres, 3 set (EFE).- Um estudo de cientistas da Universidade de Keele (centro da Inglaterra) aponta a possibilidade de que o uso freqüente de desodorantes com efeito antitranspirante propicie a aparição de casos de câncer de mama.
Essa hipótese, publicada no último número da revista científica "Journal of Inorganic Biochemistry", é fruto de uma pesquisa que os especialistas fizeram com 17 mulheres que tinham sido submetidas a uma mastectomia no hospital de Wythenshawe, na localidade inglesa de Manchester.
Os cientistas acharam nos tecidos mamários elevados níveis de alumínio, substância que compõe 90% dos agentes antitranspirantes da maioria dos desodorantes que tentam evitar a sudorese.
Além disso, os especialistas observaram que as maiores concentrações de alumínio, substância que estudos anteriores relacionaram com o câncer de mama, se encontravam na zona do peito próxima às axilas, na qual geralmente se aplica este tipo de produtos e onde se detectam a maioria de tumores deste tipo.
O estudo foi feito com "apenas 17 pacientes, mas os dados que mostram uma maior concentração de alumínio na região próxima às axilas são estatisticamente significantes. Não pode ter acontecido por acaso", assegura Chris Exley, responsável por esta pesquisa.
"A maior concentração de alumínio na parte exterior do seio pode ser explicada pela proximidade desta região à axila, onde se costuma aplicar a maior parte das substâncias antitranspirantes", acrescenta Exley, lembrando que estudos anteriores indicam que a pele é permeável a este elemento.
Os cientistas, que por enquanto não conseguiram esclarecer totalmente a relação entre desodorante e câncer de mama, analisam a possibilidade de que o tecido que já desenvolveu o tumor atue como uma espécie de "corredor" para o alumínio, daí a alta concentração desta substância. EFE
Fonte: www.yahoo.com.br
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