domingo, 17 de fevereiro de 2008

Cigarro Mata 10 Milhões de Pessoas no Mundo por Ano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já advertiu que anualmente morrem cerca de dez milhões de pessoas em todo o mundo como conseqüência dos efeitos nocivos do tabaco, e que 70% dessas mortes ocorrem em países em vias de desenvolvimento, onde a legislação é habitualmente pouco restritiva ou nula com relação ao tema.

As perspectivas para o futuro também são pouco animadoras. A OMS calcula que o consumo de tabaco será responsável por 130 milhões de mortes até 2020. Independentemente de medidas de repressão para com os fumantes, a OMS recomenda limitar a publicidade relacionada com o tabaco, erradicar seu contrabando e, sobretudo, estabelecer leis para evitar que a fumaça dos cigarros cause problemas de saúde irreparáveis em fumantes passivos.

A fumaça do tabaco tem, segundo alguns especialistas, "poderes hipnóticos" entre adolescentes, como comprovou um estudo das Nações Unidas segundo o qual os estudantes do Ensino Médio de Chile, Uruguai e Colômbia são o que mais consomem tabaco e álcool na América Latina, com níveis que superam em alguns casos 38%.

A dramática realidade preocupa muito as autoridades da área da saúde porque é óbvio que esse hábito pode reduzir, e muito, a qualidade de vida desses jovens.

O Difícil Período da Abstinência.

A cada ano, um em cada três fumantes suspende temporariamente o vício do cigarro. No entanto, apenas um em cada dez consegue se livrar definitivamente da influência do tabaco. Os remédios disponíveis para se obter a independência da nicotina são muitos, embora a imensa maioria não tenha eficácia comprovada. Adesivos na pele, cigarros de mentol para diminuir a ansiedade pela falta de nicotina, pílulas de ervas medicinais e chás de ervas relaxantes aparecem nos catálogos de produtos contra a dependência, sem deixar para trás certamente os métodos de relaxamento, como a ioga, e as sessões de psicoterapia clínica.

Por outro lado, foi comprovado cientificamente que a necessidade irresistível de substituição do cigarro por outro produto que contenha nicotina entre as pessoas que querem deixar de fumar pode explicar as dificuldades para a conquista desse objetivo no difícil período inicial de abstinência.

Outros sintomas associados a essa etapa crucial do processo são o desejo de consumir doces e a queda de rendimento em atividades que requerem estado de alerta. Por outro lado, alguns hábitos relacionados com a dependência da nicotina parecem prever maiores dificuldades na hora de tentar afastar de nossas vidas o consumo de uma substância tão nociva para a saúde.

Em geral, os fumantes compulsivos acendem seu primeiro cigarro logo após deixarem a cama pela manhã, e não se esquecem do tabaco sequer quando estão doentes, o que supõe uma dificuldade a mais na hora de iniciar um tratamento de desintoxicação.

O primeiro cigarro do dia é o mais difícil de ser deixado para trás e torna-se mais complicado evitar fumar pela manhã do que à tarde. Os diagnósticos mais aplicados indicam que os sinais mais freqüentes de dependência da nicotina são o cheiro e o hálito de tabaco, tosse seca, existência de uma doença pulmonar crônica e pele enrugada. Podem aparecer também manchas amareladas nos dedos das mãos, mas isso não é tão freqüente.

Diferentes estudos clínicos dão conta de que o consumo de tabaco pode aumentar de forma acentuada o risco de alguém sofrer de câncer do pulmão ou de boca, de doenças cardiovasculares e ainda a incidência de problemas para o feto no caso de grávidas.

Por último, outros estudos científicos estabelecem uma relação direta entre estresse e dependência à nicotina e também com a hipótese de filhos de fumantes compulsivos terem três vezes mais risco de seguir o exemplo de seus pais, já que apresentam níveis mais altos de nicotina metabolizada em sua urina que outros jovens de sua idade.

Análise do comportamento de parentes de primeiro grau dos fumantes indica que há fatores genéticos que contribuem para a introdução e a manutenção do consumo de tabaco, com um grau de herança equivalente ao observado na dependência alcoólica.

Fonte: www.yahoo.com.br

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