Com o derradeiro mês do Verão temos o trânsito do Sol pelo signo de Peixes, o último da jornada zodiacal. A Astrologia orienta-se pela sequência das estações e o fim do Verão marca o final de mais um ciclo da natureza.
A passagem do Sol por Peixes simboliza uma conclusão daquilo que foi vivido nos últimos 12 meses. As sementes materiais e espirituais do que plantamos durante todo este período mostram enfim o seu resultado. As condições que nos cercam, o nosso estado de espírito, a capacidade de integração com o ambiente e o nosso senso de segurança psíquica e emocional estarão diretamente envolvidos com as experiências obtidas ao longo do ano.
Por isso, o momento sugere um balanço que vá além das conquistas e metas realizadas nos últimos meses, e passa justamente pelo grau de evolução (positiva ou negativa) que conseguimos atingir enquanto seres espirituais encarnados na realidade mundana. Em princípio, cada novo ciclo da Natureza oferece a oportunidade de nos aperfeiçoarmos na busca de um envolvimento cada vez mais “total” com a essência dos nossos verdadeiros propósitos e com o Cosmo. Será que temos agido de modo mais comprometido com o desenvolvimento do nosso ser?
Peixes deveria representar o momento em que as pessoas se deparam com a magia da natureza sazonal da Terra e do Cosmo, servindo de pano de fundo para a reflexão sobre como podemos nos tornar indivíduos melhores e mais integrados, para podermos ser mais conscientes e fecundos ainda. A eterna transição entre as estações é um movimento sagrado, inerente à condição humana e ao meio ambiente em que vivemos. Esta é, portanto, uma ótima ocasião para meditarmos sobre o significado da nossa existência, o que temos plantado para a nossa vida e qual o destino que realmente se afina com as diversas potencialidades que o nosso espírito possui.
Se Aquário, o signo imediatamente anterior a Peixes, marca uma integração da pessoa com os grupos e a sociedade de maneira geral, Peixes simbolizará uma forte capacidade de absorção dos diversos estímulos que advêm de toda a Natureza, e até mesmo do que está além dela.
Peixes revela uma antena de fina sintonia e, por isso mesmo, indica a importância de se ter sempre o cuidado com a exposição indiscriminada a toda sorte de influências. Um de seus planetas regentes é Netuno, associado a tudo aquilo que fascina, inspira e ilumina do ponto de vista espiritual, mas também àquilo que pode se impregnar de ilusão, entorpecimento e fuga. A tal ponto que Peixes passa a ser vinculado a sacerdotes e médiuns, poetas e artistas, filantropos e pacifistas, mas também a mentirosos e contraventores, escapistas e invejosos, loucos e drogados. No estágio em que a humanidade se situa, a própria espiritualidade apresenta uma faceta negativa e outra positiva, há o bem e há o mal. Daí a importância da sintonia, bem como da forma e com que tipo de energia ela será estabelecida. Importância em não se comportar como uma esponja, e sim como seres conscientemente receptivos às vibrações positivas.
Por ser o derradeiro signo, Peixes marca a passagem para o extramundano. Acaba sendo mais um signo de outro plano/dimensão do que propriamente desta realidade, se pensada como sendo estritamente o senso comum. Peixes se liga a visionários e pessoas capazes de sacrifícios, de tão abnegadas e dispostas a diluírem o egoísmo em prol da compaixão e do amor ao próximo e ao Universo. Não à toa o símbolo primeiro do Cristianismo, que identificava os fiéis entre si quando havia a perseguição dos romanos, eram dois peixes.
Portanto, Peixes ensina o dom da entrega. Em que medida somos capazes de desenvolver compaixão e amor ao próximo e capazes de superar nossos medos e egoísmos proporcionados pela visão autocentrada e pela desconexão com a Natureza e com a vida? Esse é o verdadeiro milagre: fundir-se com o todo e, ao tomar consciência de ser parte dele, transcender a idéia de indivíduo, da própria existência.
Por: Dimitri Camiloto
Via: Yahoo
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